ATA DA SÉTIMA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 09.05.1996.

 

Aos nove dias do mês de maio do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezessete horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão destinada a homenagear o Dia das Mães, nos termos do Requerimento nº 02/96 (Processo nº 69/96) de autoria do Ver. João Dib e aprovado pela Casa. Compuseram a Mesa: o Ver. Mário Fraga, segundo Vice-Presidente da Casa em exercício, a Senhora Ambrosina Torres, da Associação Cristã de Moços, o Desembargador Tupinambá Nascimento, representante do Tribunal de Justiça do Estado, Senhora Teresinha Irigaray, representante da Senadora Emília Fernandes, Senhor Leopoldo Lima, Presidente da Associação Cristã de Moços, Senhor Firmino Cardoso, representante da Associação Riograndense de Imprensa, Tenente Simone, representante do Comando Geral da Brigada Militar. Como extensão da Mesa o Senhor Presidente nominou a Senhora Ruth Brum, do Movimento dos Clubes de Mães de Porto Alegre, a Professora Tânia Henrich, representante da Secretaria de Educação do Estado, o pastor Ivan Nunes, o Rabino Yehuda Gitelman, e o Padre Irineu Costella. Em prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Ver. João Dib, que como autor, discorreu sobre importância do Dia das Mães, destacando que esta é a vigésima quarta homenagem desta natureza feita por esta Casa. Em prosseguimento, o Senhor Presidente convidou a poetisa Teresinha Cavalcanti, do Clube de Mães Arco Íris e do Movimento das Donas de Casa para prestar homenagem ao Dia das Mães declamando a poesia “A Saga de uma Mãe”, de sua autoria. Em continuidade, o Senhor Presidente passou a palavra às autoridades religiosas para discorrerem sobre a presente data. O Pastor Ivan Nunes, lembrando João Evangelista, congratulou-se com todas as mães presentes pelo transcurso de sua data. O Rabino Yehuda Gitelman lembrando que no pensamento cabalístico Deus tem um lado masculino e um lado feminino, disse que o maior elogio para uma mulher é chamá-la de mãe. O Padre Irineu Costella, parabenizou as mães presentes pelo seu dia, situando a mulher na tradição cristã. Logo após, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Senhor Leopoldo Moacir Lima, que ressaltou ser a mãe a base da família e que esta é a base de uma nação. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Ruth Brum, que, em nome do Movimento dos Clubes de Mães de Porto Alegre, agradeceu à presente homenagem a esta Casa e em especial ao Ver. João Dib. Em prosseguimento, o Senhor Presidente agradeceu a anuência dos Senhores Vereadores à proposta do Ver. João Dib de que fosse concedida a palavra às autoridades religiosas em lugar dos Senhores Vereadores. Às dezessete horas e quarenta e oito minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu à presença de todos e declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima sexta-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo Ver. Mário Fraga e secretariados pelo Ver. João Dib, como secretário “ad hoc”. Do que eu, João Dib, Secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 

 

O SR. PRESIDENTE (Mário Fraga): Estamos iniciando a 7ª Sessão Solene da 4ª Sessão Legislativa Ordinária, XI Legislatura, para homenagear o Dia das Mães, Requerimento nº 02, Processo nº 69/96, de autoria do Ver. João Dib.

O Presidente da Casa, Ver. Isaac Ainhorn, não pôde comparecer devido às suas atividades; o 1º Vice-Presidente, Ver. Edi Morelli, também não estava presente. Por isso, eu, Mário Fraga, estou conduzindo os trabalhos, para minha honra e satisfação.

Vamos convidar para compor a Mesa a Sra. Ambrosina Torres Agiles, a mais antiga mão da ACM; o representante do Tribunal de Justiça do Estado, Desembargador Tupinambá Nascimento; a representante da Senadora Emília Fernandes, Sra. Teresinha Irigaray; o Presidente da Associação Cristã de Moços, Sr. Leopoldo Moacir Lima; o representante da ARI, Jornalista Firmino Cardoso; e a representante do Comando Geral da Brigada Militar, Tenente Simone.

Como extensão da Mesa, vamos citar a Profa. Tânia Henrich, representante da Secretaria de Educação do Estado, o Pastor Ivan Nunes, o Rabino Yehuda Gitelman e o Pe. Irineu Costella. Uma data muito especial e uma saudação com a concordância de todos vocês, muito especial, à minha mãe que também está presente para minha satisfação. Agradecemos a presença de todos e registramos, também, a presença dos Vereadores Clovis Ilgenfritz, Wilton Araújo, Airto Ferronato. Com a palavra o Ver. João Dib que sempre, nesta Casa, tem feito esta homenagem.

 

O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, autoridades nominadas, Sras. mães, hoje é um dia de festa para a Câmara Municipal. Em 1908, Anna Jarvis gastou a sua fortuna pessoal para que nos Estados Unidos houvesse o primeiro Dia das Mães. Dez anos depois, a Associação Cristã de Moços, em Porto Alegre, introduzia no Brasil o Dia das Mães. Em 1932, o Presidente Getúlio Vargas oficializava o Dia das Mães no Brasil. Em 1947, o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara incluía nas festividades da Igreja Católica o Dia das Mães. A Câmara Municipal pela 24ª vez, desde 1973, faz esta homenagem às mães porto-alegrenses em especial, e hoje pretendeu fazer de uma forma completamente diferente. Os nossos Vereadores não homenagearão as suas mães. Nós não falaremos para as nossas mães, mas nós convidamos o Frei Irineu Costella para que, em nome da Igreja Católica, se pronunciasse, o Rabino Yehuda Gitelman para que, em nome da comunidade judaica, se pronunciasse e o querido Pastor Ivan Nunes para que, em nome dos evangélicos, também falasse para as mães porto-alegrenses, para as mães brasileiras, enfim, para todas as mães, e é por isso que nós devolvemos a palavra ao nosso Presidente para que ele comece chamando a nossa poetisa que vai fazer uma homenagem intitulada “A Saga de uma Mãe”.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Passamos a palavra à poetisa Teresinha Cavalcanti.

 

A SRA. TERESINHA CAVALCANTI: Eu pertenço ao Clube de Mães Arco-Íris e ao Movimento das Donas-de-Casa. Quero prestar essa homenagem às mães aqui presentes, em especial à Dona Júlia Dib, por sua idade e por sua lucidez maravilhosa, e também à minha mãe, que está muito longe, e em especial às mães esquecidas e abandonadas. (Lê.)

“A saga de uma mãe

 

Se fazer mulher

E mãe se tornar

Um fruto a se colher

Um sonho a realizar

 

Com amor

Ver o ventre crescer

Explodir com a dor

Senti-lo nascer

 

Na sensação da irrealidade

Ver o pequeno filho respirar

Abrir os olhinhos, se espreguiçar

Mexer as mãozinhas e bocejar

 

É perfeito, tão lindo

Um sonho e saiu de mim,

A felicidade tão grande

Quase não tem fim,

 

Ele sorri, estende os braços, balbucia

Não dá pra acreditar é tanta alegria,

Mas em compensação dá um trabalhão

São 48 horas por dia

Abnegação, sacrifício, dedicação

 

Tu lhe ensinas as primeiras palavras

Por tua mão dá os primeiros passos

Depois teus passos ele segue

Ensinas a ele que o buraco é fundo

Das maldades e perigos do mundo

Como um anjo protetor

Abre tuas asas com amor

Então és tu que os passos dele segue

 

Não vives mais tua vida

É a dele que tu espelhas

Te leva por tantos caminhos

Pra que tu apares espinhos

 

Te anulas para que seja um ganhador

A batalha é tua para que seja um vencedor

 

O menino se faz homem

A mãe se faz velha

Muitas vezes esquecidas

Tantas mães abandonadas

Como cachorro sem dono

Sem sonhos desmoronados

Vivem no maior abandono”.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Muito obrigado, Dona Teresinha Cavalcanti, pela sua homenagem. O Pastor Ivan Nunes está com a palavra.

 

O SR. IVAN NUNES: Boa tarde aos nossos irmãos. É com muita alegria que estamos aqui para desejar um feliz Dia das Mães e todas as mãezinhas de nossa Cidade, de nosso Estado e de nosso País. A todas elas o nosso amor e o nosso carinho. Como evangélicos queremos externar aquilo que as escrituras sagradas falam no Evangelho de São João e citar o texto bíblico. Jesus, num momento muito trágico, muito difícil, muito duro, de muita dor, de muita angústia, quando qualquer pessoa poderia ter um lapso de esquecimento, num momento de tanta preocupação com a humanidade, lembrou-se de sua mãe e, olhando para o seu discípulo, disse: “Filho, eis aí tua mãe!; Mãe, eis aí o teu Filho!”.

Os céus nunca se esqueceram das mães. Deus nunca se esqueceu das mães, a despeito de nós homens, muitas vezes, termos nos olvidado de nossas mães. Mas louvado seja Deus pela vida do Ver. João Dib, que tem ao seu lado a sua querida mãezinha, a quem eu tributo o meu amor e o meu carinho. Por esta lembrança, por este momento, por esta memorável tarde, ele, através da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, presta esta homenagem às mães porto-alegrenses. Também, Ver. Dib, Jesus não se esqueceu de sua mãe. Deus seja louvado na sua vida. Porto Alegre será abençoada, sem dúvida alguma, porque não esqueceu suas mães. Esta Câmara de Vereadores é bem-aventurada, hoje, por este gesto tão nobre, por essa demonstração de amor, de carinho, de afeto, a despeito de todo um caos que, muitas vezes, nós sentimos na pele; a despeito deste tempo tão difícil, a despeito deste momento tão tenso, a despeito de tantas controvérsias em todas as áreas. Parece, até, que seria desculpável esquecermos este dia, mas, graças a Deus, aqui estamos para homenagear e para abençoar as mães do nosso País.

Recebam o nosso amor, recebam o nosso afeto, recebam o nosso carinho. Quero reprisar: o Senhor Jesus não vos esquece jamais; o Senhor Jesus jamais se olvidou da mãe que anda pelos corredores palacianos; muito menos da mãe que mora debaixo da ponte. Muitas vezes, nossa sociedade as ignora, mas nosso Deus que está no Céu jamais as ignorou. Nós prestamos o nosso carinho, o nosso amor a todas elas. Amém. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Concedemos a palavra ao Rabino Yehuda Gitelman.

 

O SR. YEHUDA GITELMAN: Meus queridos irmãos. (Lê.)

“Antes de falarmos da mãe judia, é muito importante entender a mulher. Não somente a mulher judia, mas a mulher em si. Sabemos, por nossas escrituras, pela tradição, pelo ZOHAR e pela Kabalah, que um homem que não é casado não é um BEM ADAM (ser humano.) A própria condição de viver exige a união de dois seres para que se completem. Dizem que D’us fez o homem à sua imagem e, realmente, os Cabalistas sugerem que Adão foi criado homem e mulher, à imagem Dele. No pensamento cabalístico, D’us tem uma parte feminina e uma masculina. Parece que Adão não se sente bem com esta situação e pede uma separação. D’us, então, atende seu pedido e os separa. Num momento muito bonito, Ele criou a mulher vestida de noiva; vendo-a tão bonita, lhe dá o nome de EVA, mãe de todos os viventes. O maior elogio que se pode dar a uma mulher é chama-la de mãe e, nesta expressão de amor, vê-se logo a posição que a mãe assume.

Vamos então ao livro Êxodo. “HONRARAS T         EU PAI E TUA MÂE”. O complemento deste versículo está em Levitico, que diz: “Temereis cada um tua mãe e teu pai” ... e por fim Moisés repete ao povo a palavra divina: “HONRARAS TEU PAI E TUA MÃE COMO O ETERNO TEU D’US TE ORDENOU”.

Qual o significado de, na primeira parte, o mandamento falar em honrar pai e mãe, na segunda, em temer mãe e pai e, depois, apresenta uma repetição final: honrar teu pai e tua mãe? A origem, a herança espiritual e a força de nossa honra derivam do pai. A mãe nos dá o mais importante: a educação. Posso ser filho de um príncipe, sobrinho do Einstein ou filho de um bilionário, mas se não tivermos educação, não serviremos para nada.

D’us dá quatro coroas ao homem: realeza, conhecimento, sacerdócio e simplesmente, bom nome. A quarta coroa é a mais importante. Todos os conhecimentos, todas as realezas não se igualam a um homem com boa educação, e esta, é a mãe que dá. A mãe ensina o comportamento ético, que é mais importante do que a erudição.

Porém, se me permitem, gostaria de fazer um parêntesis e analisar a imagem estereotipada da IDISHE MAME, a mãe judia. Esta imagem desenvolveu-se nos Estados Unidos. O humor judaico conquistou uma posição de destaque na cultura popular americana que desenvolveu elementos do folclore de vários grupos de imigrantes como uma das formas de reafirmar o espírito democrático da época.

A figura da mãe judia surge então como uma mãe superprotetora, solícita, permanentemente preocupada com a alimentação, o sucesso, o bem-estar físico da prole, sempre disposta a sacrificar-se pela família, sempre disposta a alimentar o sentimento de culpa dos filhos e assim manter o controle sobre eles.

Mães superprotetoras encontram-se em qualquer parte do mundo, independente da religião, nacionalidade, cultura, raça ou classe social. Entretanto, em alguns grupos estes traços podem apresentar maior incidência em função dos valores predominantes, das tradições ou das experiências grupais no decorrer da história.

No caso da mãe judia, os valores encontram-se ligados a manutenção da identidade judaica, aliados às constantes perseguições que marcaram os 2000 anos de díaspora, criando um sentimento difuso de defensividade e necessidade de proteção, que se incorpora, como uma espécie de inconsciente coletivo, ao papel tradicional da mãe judia.

Há um velho provérbio idish que bem pode ser universal: ‘D’US NÃO PODE ESTAR EM TODAS OS LUGARES, ENTÃO, CRIOU AS MÃES’”

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Padre Irineu Costella está com a palavra.

 

O SR. IRINEU COSTELLA: Queridos irmãos, irmãs; querida mãe Júlia, mãe Neusa, mãe Raquel. Você é querida, você é mãe. Pois está, aqui, nesta Constituição que nos diz: “O amor deu as mãos ao nada, e surgiu o universo, surgiu o espaço. O amor deu as mãos ao homem e à mulher, e surgiu o encontro. O amor deu as mãos à vida e surgimos você e eu, passamos a existir”. E o que fizemos depois? Andamos à procura de Deus, que é amor. E o encontramos em você, mamãe, um amor que não é ciumento, um amor que não se exibe, um amor que não é desonesto, um amor que não procura o próprio interesse, um amor que não se alegra com a injustiça, com a maldade; mas um amor que se rejubila com a Justiça. Amor que tudo crê, amor que tudo espera, amor que tudo perdoa, amor que tudo suporta. Um amor que é você, mamãe, e que jamais há de acabar, com papai! Porque o homem é o cérebro e a mãe é o coração. O cérebro produz a luz, o coração produz o amor; a luz fecunda, mas o amor, mamãe, que é você, ressuscita!

Mulher e homem, antes de mamãe e papai, em Clara e Francisco de Assis: “A plenitude da existência”. Pode ser que você seja mulher, mas também, de alguma forma, é mamãe, porque nós, os homens, da mulher todos precisamos, na ternura e no vigor. E Deus, na sua bondade, no seu grande amor de estar presente, ele fez para o homem um trono e para mulher um altar. O trono exalta, mas o altar santifica.

Dia das Mães: parabéns a você, mamãe! Eu creio, e como habitualmente procuro dizer quando querem me homenagear: esqueçam-me no dia da homenagem, no dia do aniversário, mas, por favor, lembrem-me em todos os outros dias.

Tenha certeza: são as palavras do seu coração, que é amor! Quem permanece unido a você, mamãe, permanece em Deus, e Deus, nele, que amor. Parabéns, mamãe! Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Nós gostaríamos de ressaltar, mais uma vez, o acordo, nesta Casa política, e agradecer, através do Ver. Wilton Araújo, ao PDT, do Ver. Airto Ferronato, ao PMDB, do Ver. Clovis Ilgenfritz, ao PT, que aceitaram o acordo do Ver. João Dib para que os Vereadores não falassem nesta Casa, esta tarde, nós, que tanto gostamos de falar.

Concedemos a palavra ao Presidente da Associação Cristã de Moços, Sr. Leopoldo Moacir Lima.

 

O SR. LEOPOLDO MOACIR LIMA: (Saúda os componentes da Mesa.) (Lê.)

“Quando, em 1908, Miss Anna Jarvis, por iniciativa própria e querendo homenagear sua mãe, promoveu a primeira homenagem pública às mães na comunidade de Grafton, West Virgínia, nos Estados Unidos, pretendia, por este ato, tornar público o seu agradecimento pelo amor, orientação e carinho recebidos. Era o reconhecimento traduzido pelo gesto.

Passados 10 anos daquela data, o então secretário-geral da Associação Cristã de Moços de Porto Alegre – Frank Long – realizou a primeira comemoração do Dia das Mães no Brasil, na capital gaúcha. Esta celebração foi reconhecida e oficializada em 1932, por Decreto, assinado pelo então Presidente Getúlio Vargas, e incluída no calendário da Igreja Católica em 1947, pelo Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, Arcebispo do Rio de Janeiro.

Muitas interpretações têm sido passadas para o papel – em prosa e verso – sobre o significado da palavra MÃE e sua representatividade. E destes conceitos, um nos merece atenção especial por estar intimamente ligado aos princípios filosóficos praticados pela ACM: o de ser a base da formação da família. E, para nós, família é a reserva moral de uma nação.

Quem de nós não lembra um sorriso animador naquela hora amarga; de um abraço terno; um conselho quando tudo parecia perdido e até, por que não, uma boa palmada, como alerta? Hoje somos agradecidos.

Senhores, sentimo-nos muito à vontade nesta semana que consagramos às mães. Não somente pelo privilégio de termos introduzido no País esta comemoração, mas principalmente porque contamos com uma expressiva presença de mães no nosso quadro social, que fazem da ACM uma extensão dos seus lares e famílias, contribuindo, assim, com sua parcela de alegria, de entusiasmo e de participação nas atividades esportivas, de lazer, sociais e culturais.

Agradecemos aos Senhores Vereadores, representantes da comunidade porto-alegrense, em especial ao Presidente desta Câmara. Ver. Isaac Ainhorn, ao Vereador e acemista Wilton Pinto de Araújo. E, de forma muito singular, ao Ver. João Dib, que propôs esta Sessão Solene e a quem gostaria de prestar uma homenagem, em nome da família acemista, através desta placa, com os seguintes dizeres:

‘Ao acemista e amigo João Antônio Dib, a homenagem e o carinho da ACM de Porto Alegre, por sua permanente dedicação em resgatar o verdadeiro sentido da Comemoração do ‘Dias das Mães’, em nossa comunidade’.

Porto Alegre, 9 de maio de 1996.

Associação Cristã de Moços de Porto Alegre

Introdutora do Dia das Mães no Brasil”

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Eu gostaria de dar os parabéns às crianças da ACM e principalmente às professoras que cuidam delas.

Depois dessa justa homenagem ao Ver. João Dib, convidamos uma mãe muito conhecida por toda esta Casa, Dona Ruth Brum, para fazer uso da palavra.

 

A SRA. RUTH BRUM: Em nome das mães do Movimento dos Clubes de Mães de Porto Alegre, agradeço esta homenagem, a ternura demonstrada por V. Exa., que me surpreendeu, porque também lembrou da nossa alma tão necessitada de consolo, de atenção e de carinho.

Convido a Coordenadora do Movimento dos Clubes de Mães de Porto Alegre, Eva Cabral, para prestar-lhe uma humilde homenagem, que deixe marcado este dia que iluminou nossa alma e nosso coração. Muito obrigada.

 

(Não revisto pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE: Depois dessas duas justas homenagens ao Ver. João Dib, por quem todas as pessoas desta Casa têm o maior carinho, às nossas mães e às nossas esposas, encerramos esta Sessão agradecendo a presença de todos e a luz que teve o Ver. João Dib ao fazer esta Sessão, deixando que os representantes das principais religiões prestassem esta homenagem por todos nós.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

Parabéns a todas as mães!

 

(Encerra-se a Sessão às 17h48min.)

 

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